Preguiça, por definição, é a arte de não fazer rigorosamente nada. Mas você sabia que na medida certa, a preguiça renova as energias e dá um baita descanso para a cabeça? A hora da preguiça pode ser um momento de contemplação. Como fazer isso? Fazendo nada! E fazer nada é tentar não pensar e nem sequer pegar uma revista. Tanto que já foi criado um movimento que se chama ‘clube do nadismo’.

A má fama da preguiça é algo que vem passando de geração para geração e foi construída ao longo dos tempos, atingindo em cheio o Ocidente mais especificamente a partir da Era Cristã – sim, porque, na Grécia antiga, aqueles que ficavam “largadões”, dando asas ao livre pensamento, eram considerados seres especiais, que ficavam mais próximos dos deuses.

Ficar em casa, ler, dormir ou se recolher para o descanso, geralmente são consideradas opções para as pessoas solitárias, pouco criativas e desinteressantes. Lamentavelmente há uma cobrança geral por “ter o que fazer”. Porém, se encher de programas, passeios, visitas a museus, parques e uma infinidade de atrações com o sentimento de que ‘não posso perder tempo’ se torna uma obrigação – como uma reprodução da lógica do mercado de trabalho nas horas vagas. Todas essas opções de entretenimento podem ser muito atraentes, mas também não precisam preencher o tempo todo.

O importante é saber a hora de desacelerar para melhorar a qualidade de vida. Afinal, nosso corpo e mente precisam de um descanso. Um bom passo para começar a admitir uma dose de preguiça gostosa na vida seria tentar diminuir o número de tarefas a cumprir diariamente – mais qualidade com menos quantidade. Aproveite o momento “preguicinha” com moderação, mas fique sempre atento, pois preguiça demais às vezes é depressão.