Cinquenta mil toneladas! Esse foi o volume de gás carbônico (CO2) que a Ilha Pura, no Rio de Janeiro, deixou de emitir desde o início da obra. Para se ter uma ideia do que isso representa, este montante seria o equivalente ao uso da frota de veículos da capital fluminense por oito dias.

Para alcançar tal resultado, algumas ações importantes foram adotadas. Entre elas está a coleta seletiva, responsável pela maior redução das emissões. Até o final da obra, a meta é a de destinar 80% dos resíduos gerados para o tratamento adequado em aterros sanitários. No estágio atual, a Ilha Pura supera o que foi pactuado inicialmente.

Mas os esforços para a redução das emissões de CO2 não param por aí. A Ilha Pura estabeleceu um procedimento para a seleção de parceiros com a menor pegada de carbono e o maior desempenho ambiental. Essa análise é feita nos potenciais fornecedores dos insumos de maior volume da obra – como aço, cimento e madeira –, e seu resultado é um dos fatores determinantes na escolha durante a concorrência.

Para reduzir o impacto do trânsito de caminhões betoneira no entorno, o que acarretaria a emissão de aproximadamente 1.200 toneladas de gás carbônico, o empreendimento produziu internamente 90% do concreto utilizado dentro da obra, um total de 340.000 m³, entre 2012 e 2014.

A Ilha Pura também exige que toda madeira comprada pela obra tenha a certificação FSC ou CERFLOR, que garantem o manejo sustentável das florestas. Com a iniciativa, reduz-se o risco da aquisição de madeira de origem ilegal. Devido à imaturidade do mercado fornecedor de madeira para a construção civil, a equipe da Ilha Pura ainda conscientizou, capacitou e apoiou os fornecedores locais para que eles garantissem as certificações exigidas.