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Blog da OR

Publicado em 28/10/2014

Apenas 22% das florestas intactas do mundo são protegidas

Um pequeno número de países – 25 – concentra 98% das florestas intactas do mundo. Destas, somente 22% são protegidas, aponta estudo publicado na revista Conservation Letters. Um agravante é que apenas cinco países desenvolvidos possuem metades das florestas: Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Canadá e Estados Unidos.

Ambientalistas se esforçam hoje para achar soluções que ajudem a salvar os 13 milhões de quilômetros quadrados de áreas intocadas, que hospedam mais de metade das plantas e animais do planeta e fornecem “serviços” como limpeza e purificação do ar e da água.

Essas áreas, porém, estão sob séria ameaça, seja pela extração de madeira, mineração, caça ilegal ou expansão da agricultura. Tais mudanças no uso da terra explicam porque apenas 3% das florestas que existiram no passado permanecem em partes temperadas do mundo.

Uma sugestão para sua preservação é torná-las parte das negociações internacionais do clima, como a Convenção-Quadro da Mudança do Clima, da ONU, tentou fazer. Os bens e serviços que as florestas fornecem deveriam ser incorporados também em avaliações econômicas, e não só o valor de sua madeira. E os governos deveriam evitar mais perdas de florestas, para desacelerar a mudança do clima e a taxa de extinção de espécies.

Brendan Mackey, diretor do Programa de Resposta à Mudança do Clima da Universidade Griffith, na Austrália, afirma que as negociações internacionais não estão dando conta de frear as perdas das florestas primárias mais importantes do mundo e que, na ausência de políticas específicas para proteção, seus valores únicos de biodiversidade e ecossistemas continuarão a ser perdidos tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, que possui a Floresta Amazônica (foto), a maior do mundo.

Os cientistas afirmam ainda que deve-se aceitar universalmente o papel importante de áreas conservadas por comunidades locais e indígenas, onde a proteção é eficaz.

 

Foto: Asian Green Borneo

Fonte: José Eduardo Mendonça/ Planeta Sustentável

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