Hoje, dia 28 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. A data é uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em memória às vítimas dos acidentes e doenças ocupacionais que acontecem no mundo.

Considerando a importância da data para o setor de construção, decidimos trazer 5 riscos comuns de acidente de trabalho que podem acontecer nos canteiros de obras e como podem ser evitados.

Queda de pessoas

O risco de queda com diferença de nível é crítico e pode ser fatal principalmente em alturas superiores a 5 metros. Uma forma de evitá-lo é atentar aos requisitos normativos da NR 35 Trabalho em Altura que exige o dimensionamento de medidas coletivas de proteção (fechamento de vãos, linhas de vida, guarda-corpo, rede de proteção), capacitação específica, monitoramento da saúde do trabalhador exposto e uso de equipamento de proteção individual (EPI) em atividades a partir de 2 metros.

Eletricidade

A parte elétrica é um risco que muitos trabalhadores enfrentam e, se não atenderem a requisitos de segurança e não estiverem equipados de forma adequada, podem sofrer com acidentes fatais. É preciso uma análise minuciosa das atividades a serem desenvolvidas antes de qualquer procedimento perto de locais que podem causar choques elétricos. Por conta da criticidade do risco há uma norma específica que determina medidas de prevenção e controle como: trabalhar com sistemas desenergizados, isolar parte vivas, utilizar sistemas de bloqueio de religamento automático, sinalizar perigos, monitorar a saúde do trabalhador e capacitar na norma citada. Existem EPIs específicos para realização de atividades em contato com eletricidade.

Quedas de objetos

A simultaneidade de atividades e verticalização das obras prediais são fatores que contribuem para o risco de queda de materiais, ferramentas e objetos em geral dentro do canteiro. Para evitar que um integrante ou visitante esteja exposto, as medidas de proteção coletiva como fechamento de vãos, sinalização, instalação de redes, isolamento de áreas e instalação de bandejas de proteção e coberturas, fornecimento de EPIs adequados são imprescindíveis para mitigação do risco. Todo local com risco de queda de material deve ser protegido, isolado e em toda área abaixo o uso de EPIs é obrigatório.

Operação de máquinas e equipamentos

Quem opera máquinas, como guindastes, retroescavadeiras, entre outros, assim como quem transita no canteiro de obras está exposto a situações de atropelamento, colisão, esmagamento, entre outros. Como forma de prevenção os operadores precisam ter exames periódicos específicos para verificação da aptidão, ter capacitação para a máquina que irá operar e experiência comprovada. Não é recomendado que pessoas e máquinas compartilhem o mesmo ambiente, sendo necessário manter sinalizações, isolamentos, boa iluminação e condições adequadas de acessibilidade dos equipamentos, que devem ser verificados diariamente pelo operador, serem dotados de alertas sonoros e luminosos e estar com manutenções preventivas e corretivas em dia.

Produtos químicos

Outro fator extremamente nocivo à saúde do trabalhador são os agentes químicos contidos nos materiais e processos. Uma longa exposição pode causar danos irreversíveis ao operário, principalmente aqueles que manuseiam materiais com alta toxicidade. Para a adoção de medidas de controle é imprescindível medir a concentração do agente no ar, fazendo uso de métodos normativos e equipamentos calibrados. As medidas de controle comumente adotadas são o acompanhamento periódico da saúde dos trabalhadores expostos, conhecer os riscos, precauções no manuseio e demais orientações contidas da FISPQ do agente químico, avaliar o uso de produto similar com outros compostos menos tóxicos, e na impossibilidade de eliminar ou reduzir o risco com medidas de engenharia, fornecer os EPIs adequados e orientar ao trabalhador quanto aos riscos.