Noruega é o melhor país para se viver na velhice
A Noruega desbancou a Suécia e se tornou o melhor país do mundo para viver durante a velhice, segundo o Global AgeWatch Index. O levantamento, que conta com 96 países no total, analisa indicadores em quatro áreas: garantia de renda, saúde, capacidade pessoal (que considera números sobre emprego e educação na terceira idade) e ambiente propício (que analisa aspectos como relações sociais, segurança, liberdade cívica, acesso a transporte público, entre outros).
No país que encabeça o ranking, 100% dos cidadãos com mais de 65 anos de idade recebem aposentadoria e mais de 70% dos que têm entre 55 e 64 anos estão empregados, apesar de ainda haver queixas sobre discriminação relacionada à idade na hora de se candidatar a uma vaga de trabalho. A Noruega também ganhou pontos por ter organizações voltadas para a população mais velha e cidadãos – de todas as idades – conscientes a respeito das questões envolvendo a terceira idade, como resultado de campanhas divulgadas nos veículos de comunicação.
O Brasil despencou da 31ª para a 58ª colocação, com resultados ruins na percepção de segurança e satisfação com o transporte público. Apenas 28% da população com mais de 50 anos sente-se segura para andar sozinha pelas ruas da cidade onde mora – o índice chegava a 51% no ano passado. Somente 45% disseram-se satisfeitos com o sistema de transporte público na região em que moram.
Ao comentar a situação dos Brics, o relatório adverte que “ainda há muito a ser feito” e que crescimento econômico sozinho não garante melhora no bem-estar da população. “Políticas específicas devem ser colocadas em prática para atender aos desafios apresentados pelas mudanças demográficas”, aconselham os autores. O Brasil está atrás da China (48ª no ranking) e à frente de Rússia (65º), Índia (69º) e África do Sul (80º).
Nas últimas posições do ranking estão, em ordem decrescente, Iraque, Zâmbia, Uganda, Jordânia, Paquistão, Tanzânia, Malaui, Cisjordânia e Faixa de Gaza, Moçambique e, na lanterna, o Afeganistão.
O índice foi elaborado pela ONG HelpAge International em parceria com o Centro de Pesquisa do Envelhecimento da Universidade de Southampton, a partir de dados do Banco Mundial, de agências da ONU e do instituto Gallup. O bem-estar social e econômico das pessoas com mais de 60 anos de idade foi traduzida em termos percentuais: quanto mais perto de 100%, mais políticas positivas existem em relação aos idosos.
Fonte: Veja.com