Saiba como funciona a fazenda urbana de Tóquio
Com o crescente número de pessoas migrando do campo para as cidades, aumenta também a preocupação quanto ao futuro da agricultura. O fenômeno levou à criação de protótipos de fazendas verticais urbanas. Considerando as projeções de crescimento das cidades, no futuro esses modelos de fazendas deverão cada vez mais fazer parte do cenário urbano e de nosso dia-a-dia.
Em um movimentado cruzamento de Tóquio, um prédio chama atenção por ter galhos e folhas brotando de suas janelas. O inovador projeto da Pasona – uma agência de empregos japonesa – é considerado a maior fazenda urbana do Japão. Oprédio conta com hortas na fachada e em seu interior – desse plantio surgem frutas, legumes e hortaliças, que são consumidos pelos funcionários da agência.
Nos jardins podemos encontrar tanto vegetais hidropônicos (cultivados na água) quanto plantados em terra. Já os vegetais cultivados no escritório, por exemplo, não se destinam apenas à alimentação dos funcionários da empresa.
Para abrigar quatro mil m² de áreas verdes, a construção foi reformada pelo arquiteto Yoshimi Kono, que levou em conta seis pilares principais. Confira abaixo:
1. Plantio – nos nove andares do edifício, as tradicionais divisórias foram substituídas por floreiras, locais onde são cultivadas algumas plantas.
2. Irrigação – a rega automatizada se dá por meio de tubos que levam os nutrientes diretamente à terra e mantêm as condições certas de umidade.
3. Pele Dupla – uma grade de alumínio cobre as vidraças das fachadas e apoia inúmeras floreiras onde pés de laranja, cereja, limão e maracujá se misturam às flores. No inverno a vegetação perde folhas e deixa a claridade entrar.
4. Incubadoras – no primeiro andar, as sementeiras e os berçários de mudas das cerca de 200 espécies cultivadas no prédio dividem espaço com o arrozal. Lâmpadas de LED e HEFL (um tipo fluorescente com poder de iluminação semelhantes ao do Sol) estimulam o crescimento das plantas.
5. Arrozal – o grão é cultivado sobre uma camada de casca de coco processada num canteiro com 20 cm de profundidade.
6. Mutirão – funcionários são estimulados a participar do cultivo das três colheitas anuais. Toda a produção é usada para abastecer o refeitório da empresa.
Bacana não?
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